Quem esteve no show do New Order, nesta última quinta-feira (16.11), pôde assistir a mais um show histórico no Rio de Janeiro e, ainda, conferir as instalações da nova casa de shows "Vivo Rio". O que acharam? Particularmente, a casa em questão não conseguiu honrar o nome que ostenta! Aquele som, o que foi aquilo, gente? Parecia que não estávamos em um show "ao Vivo", mas numa caixa abafada (senti-me ouvindo minha velha vitrolinha vermelha da Philips, guardada as devidas proporções, claro). Eu não consegui ouvir nenhuma palavra dita pelo vocalista Bernard Sumner! Deve ter sido uma dupla decepção para aqueles que também foram ao show no Maracanãzinho em 1988, quando a banda sofreu com problemas na acústica do local!
Ao pagar duzentos reais por um ingresso de pista, imaginei, pelo menos, que veria o que há de melhor em tecnologia de som e iluminação. Nada feito. Resignada com o som tosco, prossegui tentando prestar atenção ao show. Confesso que sou mais fã do Joy Division do que do New Order e, portanto, conheço mais o repertório daquela banda do que desta última. Mesmo assim, curti demais os hits que eles tocaram: Crystal, Blue Monday, Bizarre Love Triangle, True Faith...E o Peter Hook? Ele foi um show à parte, imprimindo um modo muito particular de tocar baixo.
Mas foi quando o quarteto começou a tocar clássicos do Joy Division, como Transmission e o seu hipnótico refrão "dance, dance, dance, to the radio", She's lost control (uma homenagem ao Ian Curtis) e a minha "top ten" "Love will tear us apart", que meu coração acelerou e esqueci de tudo. Pulei, cantei e pensei: sou uma garota de sorte!
-> Minhas dicas para curtir um show : Fique longe: 1. dos fumacentos, exceto se estiver em um show de reggae, porque aí a missão se torna impossível; 2. dos fãs histéricos, que costumam cantar gritando em nossos ouvidos, como se só eles conhecessem as músicas; 3. dos cambistas, nas entradas dos shows ("Tá com ingresso sobrando? Eu compro pela metade e vendo pelo dobro!"); 4. do pessoal que foi para confraternizar e que só quer conversar com os amigos em fundo musical; 5. dos mal-educados que empurram a gente pra se infiltrar lá na frente do palco.